os meus devaneios aprofundam-se. preciso urgentemente das minhas realidades ilusórias para me reavivar um pouco. torna-se difícil sair do sonho, torna-se difícil perceber que se caminha descalço. preciso de ti, my Salvatore!

Fantasia

vou deslizando a mão ao longo da poltrona onde, pouco a pouco, me acomodo. tenho a janela aberta e a pequena brisa que entra reconforta-me do calor atmosférico que me circunda. fria, desprovida de emoção, ela abraça-me e envolve-me na sua essência, desencadeando em mim um misto incapacitante entre a minha febre e a minha hipocondria.
aconchego-me, a poltrona é confortável o suficiente para que me decida instalar um pouco e observar o além da janela que me fitava, ansiosa para que os meus olhos a transcendessem... vi flores, relva, vi vento batendo nas árvores, vi rio e mar, vi pureza e infecção, e vi então... seres.
diferentes, todos eles, entre si, agrupando-se por cartas de experiências, por trocas de olhar, vi então as suas conexões; desejo, amizade, prazer, loucura, ódio, paixão, amor, ciume, raiva pura e dura na mais bela das composições humanas jamais presenciada. um abstraccionismo concreto que me cativou... aproximei-me, e mirei cegamente o meu quadro, era perfeito.



*let me fill your heart with love
(Iwas missing this so badly)
*the key