quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Pequeno Grande Ser


pic.Dev.a




deixa-me secar-te os olhos. deixa-me limpar-te o rosto.
não chores mais meu pequeno grande ser. um dia tudo acaba, tudo tem um fim, até a tristeza que carregas contigo.
deixa-me secar-te os olhos, deixa-me limpar-te o rosto.
um dia cordarás e a tempestade terá acabado, e eu estarei aqui, como sempre, para segurar o teu sorriso, para garantir que ele dura mais que o anterior.
aqui espero pela luz que de ti irradiará, trazendo tambem a mim, alguns sorrisos.




"With simple words, our pain could be gone"




*olhares

domingo, 19 de dezembro de 2010

eu não sabia que seria assim, mais uma vez... como é possível que haja quem se vanglorie sobre a sua loucura? se o fazem é porque não o são, mas apenas o desejavam ser. ser louco não é bom, longe disso, ser louco é não ter consciência, ser louco é fazer coisas sem nexo que na maioria das vezes apenas te prejudicam, ser louco é a consequência de um acumular de acontecimentos e situações que te fizeram perder a cabeça. ser louco é sofrer por querer ter controlo e não ser capaz... quando essa força toma conta de ti, perdes-te. deixas-te levar pela revolta entranhada nas células das tuas veias, o teu sangue dispara, e reages a impulsos que se resumem a uma palavra: irresponsabilidade. pior que ser louco é ser um consciente irresponsável. corroi por dentro quando acordas e percebes que todos os teus actos vão ser punidos, e quando essa punição é feita de ti para ti próprio, o mundo desaba.
neste momento apenas queria uma camisola XL de malha, o cabelo apanhado, uma caneca de leite bem quente, as minhas pantufas de pele de ovelha, um sofá, um aquecedor e nos braços de alguém o conforto que já não sinto em ninguém faz algum tempo. quantas pessoas te olham nos olhos sem precisar perguntar nada? apenas abrindo os braços para ti, amparando-te após a tua corrida do penhasco, segredando que ficará tudo bem, ainda que isso seja mentira ou meramente uma frase de reconforto, quantas? quantas vezes te sentes e te vês sozinho? por que se olhares bem, essas pessoas quase não existem, porque as pessoas já não são altruístas, porque custa muito ajudar um alguém não custa? porque custa muito dispensarmos 10 minutos do nosso dia para darmos um beijo na lágrima que daquela face cai... a vergonha a que o ser humano chegou... pior que isso, é, por vezes, nem querer ser amparado, é fingir que se é forte, é ser-se orgulhoso, é magoar quem gosta de nós, é quebrar a magia da vida por falta de vontade de continuar a fazer com que ela exista... e já chega porque é Natal.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

The End

Como o meu tempo está a acabar, ando completamente perdida nos meus pensamentos. perdida por lugares onde não tinha estado antes, nos recombros mais obscuros da minha mente... já penso de modo diferente do que no inicio, e acho sinceramente que estou bem melhor dos meus devaneios privados. mas agora que está prestes a acabar, a minha sensação de perda intensifícou-se, e, juntamente com a melancolia que esta quadra natalícia nos proporciona, ando mais sensível ao assunto. era algo que nunca tinha pensado, porque nunca me disseram para pensar, e porque nunca pensei ter que pensar nisso... pois. e agora que penso estou devastada, a simples ideia que que tudo, mesmo tudo, vai acabar brevemente está a fazer-me reflectir sobre o que passou. 6 meses passam depressa, oh!, se passam... vamo-nos esquecendo que tudo tem um fim definitivo, e apegando-nos a sonhos e idealizações que mais tarde descobrimos nada serem... está a chegar ao fim, e se a saudade já estava mais que tatuada em mim, agora é cicatriz por cima do desenho. Só espero um dia olhar e ver que está tudo bem, de verdade.


*não mata, mas doi