sábado, 30 de janeiro de 2010

Será a idade factor de compreensão? filosofias ...


Sonhos, ideias imaginadas que nos fazem cerrar os olhos acreditando que existem... São como linhas que tecemos ao longo da vida, motivando-nos a lutar e a acreditar nos nossos objectivos, necessitando-os como elixir de vida.
Que seria do Homem se não sonhasse? que seria de nós se não crescessemos imaginado um futuro promissor, regalado de todos as ideias que imaginámos um dia? O sonho é essencial...
Fútil aquele que guarda para si todos os seus desejos, aquele que tudo deseja sem realmente desejar, o que converte instantaneamente esse querer por algo não sonhado, apenas ganância...
E, acredito piamente, ainda que haja quem tudo deseje, há também que não deseja nada, pois não sonha, pois não lhe é permitido sonhar; e ainda que haja quem mereça muito do que deseja, há quem não pense no que realmente quer... vivendo no mundo do sonho, imaginando tudo, e sem saber nada de viver...
Sim, é claro que não podemos deixar de encarar a realidade, sonhar é a base para que tudo se torne real, mas há actos que não podem ser realizados, e temos de ter em conta a fronteira que separa ambos os mundos...
Será a idade factor de compreensão? ... certamente, assim como as experiências vividas.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Estado de Alma



Do toque suave que leva o meu cabelo para trás da orelha, vem a representação do meu estado de alma. Uma calma que há muito me faz falta está, aos poucos, instalando-se em mim.
Ouço a musica baixinho, aquela que tanto gosto, sinto a tranquilidade, vêem-me á cabeça todos os pensamentos esquecidos, todas as perguntas indecifráveis que sempre me atormentaram, todas as injustiças vividas. Penso que o Homem deve ser justo, leal, fiel, mas acima de tudo justo, o que consequentemente lhe acresce o valor de ser verdadeiro. Não há justiça sem verdade, logo, tento que a verdade justa viva na minha vida, ainda que não consiga fazer todos os meus outros valores vigorarem de igual forma.
Por vezes pensamos, "oh não, eu nunca irei fazê-lo!" Dizemo-lo com pompa e circunstancia, indiferentes ao facto de um dia podermos errar, pensamos que controlamos tudo aquilo que fazemos, mas não. Desengane-se quem pensa como as palavras que aqui declarei.
Todos, e sem excepção erramos um dia. E quanto mais pensamos na forma como iremos viver e o que vamos viver, pior será no dia do erro. O peso é maior, pois não nos preparámos para esse fardo que nos foi destinado.
Eu sei que as minhas perguntas nunca terão resposta, eu sei que o meu passado é apenas passado, por mais que os retrocessos psicológicos insistam em aparecer. No fundo, o que eu queria eram apenas as respostas ás questões que me perseguem no tempo e me atormentam ate hoje.
Sei que a serenidade total um dia virá, no dia em que desistir de perguntar, de querer saber mais, e de me contentar com aquilo que sei e que posso saber.