domingo, 21 de março de 2010

Corrida

P. Deviantart

E fujo, e corro, e tento, mas estou tão cansada... Por mais que fuja a lembrança atraiçoa-me da maneira mais cruel, exibindo-se como se fosse mostrar-se a todos os que me rodeiam... Deixo de pensar, de lembrar, de raciocinar até, deixo de ter sanidade mental apenas para desligar do mundo e viver numa realidade paralela e transcendente. Não quero, não vou e não voarei mais a estas altitudes, acabamos sempre por cair, esquecendo o sabor dos Céus, esquecendo e não mais acreditando na bondade dos outros... E não sou capaz de parar de correr ainda que saiba que não vou sair do mesmo sitio, por agora. Canso-me e canso-me e estou tão cansada. Nem o vento me ajuda, aliás, esse, como a maioria, também está contra mim, também me virou as costas, ignorando por completo a velocidade da minha corrida. Não há vento na cara, não há brisa na pele, não há nada, não há nada... Tiraram-me aquilo que fazia com que houvesse tudo, com que eu fosse tudo, agora não há nada, nada, nada...daquilo que outrora houve




"Give up my way, and I could be anything, I'll make my own way, without your sensless hate

So run, run, run... And hate me, if it feels good, I can't hear your screams anymore,
You lie to me but i'm older now, and I'm not buying baby,
Demanding my response don't bother breaking the door down,
I'll found my way out,
And you'll never hurt me again..."


*I'm in peace but I'll never understand why lie is the only way to make what you have no courage to do with the truth





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