Tu és alguém. Um dia ias na rua e deparas-te com a forma humana mais perfeita que já viste na vida… Passaram horas, dias, e aquela imagem não te saía da cabeça. Voltarias a vislumbrar tal presente de magia e pureza? Impossível de te responderes a ti próprio, voltas a cair nos teus pensamentos…
Um dia, por simples coincidência ou Fado de vida, conhece-la, apresentada por um amigo, a pessoa que te tem assombrado a mente por tamanho encanto.
Conversaram, divertiram-se e discutiram a paixão pela música e pelo cinema que já tinha ficado como ponto assente em comum. Cedo se apaixonaram. E viveram um amor lindo, sincero e amigo.
Um dia tudo mudou. Como seria se a luz do teu sentimento deixasse de existir? Serias como um ponto perdido no universo á espera que uma estrela o iluminasse. E, quando menos esperavas, ela partiu, a tua luz de vida. E tu ficaste sozinho, cada vez mais sozinho. Tentaste recorrer aos amigos e amigas que sempre fizeram parte de ti, mas não foi o suficiente, tinhas um buraco no peito, um buraco negro que absorvia toda a luz que te tentavam entregar, transformando-a em desespero. Foi o teu grande amor, o teu primeiro amor. Não, não foi apenas mais uma paixão que viveste. Foi amor.
Conheceste uma dor que não pensarias nunca chegar a conhecer. Uma dor que te matava um pouco a cada momento em que os teus pulmões inspiravam. Ao mesmo tempo era uma dor que te fazia acreditar que tudo fora, um dia, real.
Passaram dias e semanas e meses. E passado esse tempo, reencontras a tua luz num momento casual, no meio da rua. Ouvias o seu riso e o som da sua voz, num segundo, reviveste tudo outra vez. O teu amor era tão real e verdadeiro que a única coisa que pensaste foi: “se ela está feliz, eu estou bem, a minha luz continua a brilhar…”. E não te esqueças, Tu és alguém.